quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fazendo um "upgrade" no Home Theater... o que se pode aproveitar?










Sempre me perguntam se, ao comprar o seu novo sistema de Home Theater, podem aproveitar os seus equipamentos antigos. A minha resposta é sempre a mesma: sim e não!


Se você pretende evoluir para as novas tecnologias existentes atualmente, com imagem de alta definição e som digital, grande parte dos equipamentos terão que ser substituídos e os antigos enviados, digamos, para a sua casa de campo ou para o quarto do seu filho adolescente ...


Ao mesmo tempo existem alguns equipamentos, principalmente aqueles que reproduzem mídias mais antigas - e que por acaso você tem em casa um armário lotado delas – como os vídeo cassetes e laser discs, que são casos em que você pode, sim, manter o seu antigo aparelho, mesmo porque você não irá encontrar um modelo novo.

Quando pensamos em fazer um “upgrade” no nosso sistema, os principais candidatos à aposentadoria são certamente a TV (ou projetor) e o receiver. Com os novos recursos existentes, tanto no campo do áudio, quanto no do vídeo, diversos componentes terão de ser trocados, desde equipamentos, acessórios, até cabos. Se o seu antigo equipamento não possui entradas e saidas digitais para cabos HDMI ou cabos óticos, não adianta querer instalar um BluRay Player, ou um decodificador de TV de alta definição. Da mesma forma não adianta querer obter uma imagem digital de um DVD ou decoder que não possua estes recursos. O resultado final é sempre o da tecnologia mais antiga.

Alguns componentes do seu antigo conjunto podem ser utilizados com a mesma performance no novo sistema. As caixas de som e subwoofer, por exemplo, podem ser mantidas sem prejuízo para o resultado final da qualidade do som. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados para que não haja uma incompatibilidade entre os dois, como a potencia e a impedância do novo receiver, e que sejam compatíveis com as antigas caixas.

Também deve ser respeitada a configuração do conjunto de caixas que você possuía com relação a novos recursos do receiver. Se o seu sistema era um 5.1 (composto por cinco caixas acústicas e um subwoofer) e o novo é 6.1 ou 7.1, você terá que acrescentar duas a três caixas ao sistema. O problema é que para que não haja uma diferença na reprodução do som, estas caixas devem ter as mesmas caracteríscticas técnicas das anteriores, assim como marca e modelo. Dependendo do caso estes modelos podem ter saído de linha, ou sido substituídas por outras, com um design e características técnicas diferentes daquelas que você possui.


Os sistemas mais sofisticados de receivers e TVs, permitem que você faça um “upscaling”, melhorando a qualidade do equipamento anterior. Mesmo assim essa qualidade nem chega perto da dos modelos dotados das novas tecnologias de áudio e vídeo.


Por outro lado existem sistemas tão sofisticados que podem comprometer, e em alguns casos nem aceitar, determinados recursos e tecnologias mais limitadas, geralmente associadas aos padrões de reprodução e transmissão existentes. É o caso das novas TVs de LCD e LED, que reproduzem com maestria os novos sistemas digitais de alta definição, mas que ao serem utilizados para os padrões analógicos, que ainda representam a grande maioria dos DVDs e transmissões de TV (aberta ou a cabo), produzem um resultado final às vezes catastróficos. Alguns consumidores chegam a ficar surpresos, ou indignados, porque a imagem da sua velha TV de tubo era superior à nova maravilha tecnológica que o surpreendeu na loja, mas que quando ligada a uma fonte convencional, decepciona.


A recomendação é que, ao comprar uma TV de última geração procure um sistema que seja hibrido e que reproduza com qualidade tanto as novas quanto as velhas tecnologias. Como a nova geração de TVs de plasma, por exemplo, que além de reproduzirem com altíssima qualidade as imagem digitais, não digitalizam as imagens analógicas, servindo mais apropriadamente para os dois fins.


Por fim existem as fontes que podem ser utilizadas tanto num quanto noutro sistema, porque não existem ainda versões mais recentes sendo atuais e compatíveis com os novos equipamentos. É o caso dos CD Players e Changers, MP3 Players, iPods, tuners AMFM e vídeo cassetes.

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